No final do século XIX e no despertar do século XX, a propaganda no Brasil começou a se moldar em folhas de jornais e panfletos. Com o passar do tempo, surgiram as primeiras revistas locais, com anunciantes da região.
Em 1913, nasce a Eclética, a primeira agência de propaganda no Brasil, gerenciando grandes marcas como Quaker, Nestlé, Ford e Palmolive, e dando vida a jornais, revistas e panfletos.
O rádio fez sua estreia em 1922 e, na década de 1930, tornou-se uma sinfonia popular, encantando o público com spots e jingles. Em 1928, a Revista O Cruzeiro chegou às bancas, brilhando como a principal revista do país por 48 anos. No ano seguinte, a J. Walter Thompson, a primeira agência multinacional, desembarcou no Brasil, trazendo novos ares.
A mídia OOH (Out of Home) evoluiu de panfletos para outdoors, painéis eletrônicos e totens, continuando a marcar presença nos lugares de maior movimento.
Com a chegada da TV em 1950, a propaganda deu um salto de gigante. A TV Tupi foi a pioneira, seguida pela grandiosa TV Globo em 1965. Durante esse período, a Revista Cruzeiro destacou-se como o primeiro título de alcance nacional de grande interesse publicitário. A Editora Abril também se consolidou, lançando a revista Veja em 1968.
Em 1980, o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) foi criado para zelar pelas práticas publicitárias. Na década de 1990, a TV por assinatura e os canais segmentados começaram a ganhar espaço, ao lado da segmentação de jornais e revistas.
Nos anos 2000, a chegada do Google ao Brasil trouxe a era dos links patrocinados, enquanto o Orkut e o Twitter, lançados em 2005 e 2006, respectivamente, começaram a esculpir a comunicação digital.
A década de 2010 testemunhou a ascensão da internet e dos smartphones, com Facebook, Instagram e WhatsApp se integrando ao cotidiano dos brasileiros. A Netflix chegou em 2011, revolucionando o streaming de vídeo, e o Spotify em 2014, transformando a maneira de ouvir música.
Hoje, as mídias digitais dominam a comunicação, interação social e marketing. Esta era digital, agora potencializada pela Inteligência Artificial (IA), representa uma mudança paradigmática na disseminação e consumo de informações. A IA não apenas facilita a personalização de conteúdo e a automação de processos, mas também transforma a maneira como as marcas se conectam com os consumidores, criando experiências mais envolventes e interativas.
Contudo, diante desse cenário, entendemos que a integração entre mídia online e offline é vital nas estratégias de marketing. A mídia online inclui redes sociais, serviços de streaming, publicidade digital, e-mails e sites, enquanto a mídia offline abrange televisão, rádio, impressos, eventos e publicidade exterior. Essa união permite uma abordagem mais abrangente, com anúncios de TV direcionando para sites ou redes sociais, mantendo uma mensagem consistente e ampliando o alcance. As campanhas utilizam múltiplos canais para aumentar o engajamento e permitem ajustes contínuos com base em dados. Assim, a combinação de mídia online e offline cria um ecossistema de marketing robusto, assegurando que as mensagens alcancem o público-alvo através de diversos pontos de contato, fortalecendo a presença da marca de maneira sólida e duradoura.
Débora Bittencourt, gestora de Operações da Agência Euro